Defesa da democracia e dos instrumentos de participação social marcaram a 16ª edição da Conferência Nacional de Saúde, que reuniu cerca de cinco mil participantes em Brasília, entre 4 e 7 de agosto
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Sob a intenção de resgatar o lema da 8ª CNS “Democracia e Saúde”, os três mil delegados reafirmaram seu compromisso com o Sistema Único de Saúde, criticando medidas que afetam a qualidade de vida da população brasileira e exigindo a garantia de direitos adquiridos na Constituição de 1988. Nesta edição, Radis mostra que, para além das 329 propostas aprovadas no documento final, o encontro entre usuários, gestores, profissionais, pesquisadores, ativistas e convidados, marcado pela defesa intransigente da participação social, reforçou a necessidade de se defenderem bases sociais, políticas, culturais e econômicas que viabilizem o projeto civilizatório proposto por Sergio Arouca, em 1986. A despeito dos contextos adversos, “ninguém fica para trás”, asseguraram participantes. Mais do que nunca, representantes da sociedade se mobilizaram em torno dos ideais da Reforma Sanitária, guiados pelo que disse o sanitarista, 33 anos atrás, quando previu que haveria erros e percalços, mas registrou sua confiança no triunfo do SUS. “Não vamos errar nunca o caminho que aponta para a construção de uma sociedade brasileira mais justa”.
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