Equipe Radis Fiocruz

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Programa Radis integra grupo de equipes de comunicação enviadas pela Fiocruz ao território yanomami

A Fiocruz enviou, nos dias 5 e 6 de março, uma primeira equipe de comunicação a Boa Vista (RR) para produção de conteúdo jornalístico, documentário e geração de imagens. A equipe pioneira na inciativa institucional faz parte Programa Radis, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), e vai produzir textos, vídeos e fotos para diferentes plataformas, como reportagens para a revista (que mensalmente distribui mais de 125 mil exemplares para todo o país) e conteúdo para as redes sociais e site, registrando a ação dos profissionais de saúde na região e as vozes dos indígenas afetados pelo garimpo e pela emergência sanitária. A ação ocorre em parceria com o Ministério da Saúde (MS), que pretende unir o interesse institucional na produção de um conteúdo mais aprofundado sobre a emergência a uma demanda mais imediata de geração de imagens que possam ser utilizadas por outros veículos de imprensa, já que o território yanomami está, neste momento, com entrada bastante restrita pela crise.

Equipe Radis Fiocruz

O coordenador do Programa Radis, Rogério Lannes, diz que a equipe ficará dez dias na região. “Eles vão fazer uma grande reportagem, que dará continuidade à cobertura que a revista tradicionalmente faz dos povos indígenas. Vamos ouvir as vozes das lideranças e mostrar o ponto de vista dessa população vulnerabilizada. E seguir no caminho que a Radis tem trilhado há décadas, mostrando os problemas vividos pelos indígenas e as alternativas e soluções para enfrentá-los, além de contribuir para a compreensão dos biomas ameaçados”. Integram a equipe o editor e repórter Luiz Felipe Stevanim, o repórter Adriano De Lavor e o fotógrafo Eduardo Oliveira.  A cobertura se estenderá em diferentes formatos de produção e edições da revista, mas os primeiros resultados já podem ser acompanhados nas redes sociais de Radis, como o Instagram @radisfiocruz. Siga-nos e acompanhe nossas atualizações.

Outras iniciativas institucionais de comunicação

Duas outras equipes de comunicação da Fiocruz também seguirão para o território. Uma dela será da VideoSaúde Distribuidora, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), que produzirá um documentário de curta-metragem com o objetivo de ampliar o debate sobre a saúde indígena e os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), e contribuir com o fortalecimento do Sistema de Saúde Indígena. O curta estará disponível nas mídias digitais da Fiocruz e em emissoras de TVs públicas, universitárias e comunitárias. E a outra será do Canal Saúde, que, a partir da ida ao território, vai produzir seis programas jornalísticos e um documentário de 56 minutos para expor os conflitos socioambientais no território yanomami e seus reflexos na saúde da população local, mostrando também as ações do SUS no enfrentamento da emergência sanitária.

De acordo com o diretor do Icict/Fiocruz, Rodrigo Murtinho, “o documentário vai abordar a crise humanitária e sanitária nos territórios yanomami a partir de um olhar cuidadoso, respeitoso e comprometido com os direitos humanos e com o direito à saúde dos povos indígenas”. Recordando o que foi feito em outras épocas, a coordenadora da VídeoSaúde, Daniela Muzi, acrescenta que “os registros contarão uma parte importante da história da saúde pública, da atuação dos profissionais de saúde envolvidos nessa emergência humanitária, assim como em outros períodos fizeram Oswaldo Cruz, Carlos Chagas e Noel Nutels”.

Contribuição ao Ministério da Saúde

 “Unindo a experiência e sensibilidade das equipes da Fiocruz em territórios indígenas com as demandas do Ministério por transparência e geração de imagens de qualidade para a imprensa, conseguiremos fazer um trabalho em sinergia e contribuir para o enfrentamento dessa emergência também no campo da comunicação”, explica a coordenadora da Sala de Situação e vice-presidente interina de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz), Patrícia Canto.

Após o retorno de cada equipe de comunicação da Fiocruz, todas as imagens geradas (vídeos e fotos) serão encaminhadas à Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA/MS) para disponibilização nas plataformas do Ministério. A iniciativa faz parte do conjunto de contribuições da Fiocruz ao Ministério da Saúde e são tratadas no âmbito da Sala de Situação para Terra Indígena Yanomami da Fundação, coordenada pela Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz). A Fundação também integra o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-Yanomami), instituído pelo Ministério da Saúde (MS) sob a coordenação da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai).

* Com informações de Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)