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A saúde brasileira se despede de um de seus principais defensores. Hésio Cordeiro faleceu ontem (8/11) aos 78 anos. O médico sanitarista foi um dos nomes mais importantes do Movimento Sanitário Brasileiro e um dos idealizadores do Sistema Único de Saúde (SUS). Hésio deixa um legado na luta pelo reconhecimento da saúde como direito universal e inalienável.

Mineiro de Juiz de Fora, nascido em 1942, formou-se em Medicina na então Universidade do Estado da Guanabara em 1965. Mestre em Saúde Coletiva (Uerj) e doutor em Medicina Preventiva (USP), ele estava no grupo pioneiro que formulou a ideia de um sistema unificado de saúde — que se transformaria no SUS. Foi um dos fundadores do Instituto de Medicina Social (IMS/Uerj) e presidiu o extinto Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps), entre 1985 e 1988. Ainda na ditadura militar, foi um dos protagonistas do Simpósio sobre Política Nacional de Saúde, promovido pela Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, em 1979, e um dos autores do texto “A Questão democrática na área da Saúde”, junto com Reinaldo Guimarães e José Luis Fiori. LinK: http://cebes.org.br/site/wp-content/uploads/2015/10/Cebes_Sa%C3%BAde-e-Democracia.pdf 

Defensor da saúde e da educação como direitos, Hésio ajudou a organizar a 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), que formulou a ideia de que a saúde é direito de todos e dever do Estado — princípio consagrado na Constituição de 1988. Foi presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), entre 1983 e 1985, e reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro de 1992 a 1995. Também dirigiu a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de 2007 a 2010 e, em 2015, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Em entrevista à Radis em fevereiro de 2011, ele relembrou sua trajetória em defesa da saúde pública no Brasil. “Queríamos corrigir as desigualdades sociais, o que não seria feito somente por políticas econômicas e sociais mais justas, mas também por uma política de saúde que não privilegiasse o lucro e os serviços privados”, destacou. Ele afirmou que o maior legado da 8ª CNS foi a conquista do acesso universal aos serviços de saúde, como responsabilidade do Estado, mas lamentou que a seguridade social nunca foi implementada para valer. Também defendeu a renovação de algumas bandeiras da saúde, com ênfase na qualidade do cuidado e na saúde da família.

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