Meu Pai, filme que recebeu o Oscar na categoria Roteiro Adaptado em abril, propõe um mergulho na demência — conjunto de alterações nas funções cognitivas, como comunicação, linguagem, orientação espacial, capacidade de planejamento motor ou de processar informações sensoriais. Anthony, papel pelo qual Anthony Hopkins recebeu a estatueta de Melhor Ator na mesma cerimônia, mora sozinho em seu apartamento em Londres. Aos 81 anos, ele acaba de demitir a cuidadora contratada para acompanhá-lo por sua filha, Anne (personagem de Olivia Colman). Em cena seguinte, Anne afirma que o apartamento não é dele, mas dela. Na próxima, a filha de Anthony não é mais interpretada por Olivia Colman, mas sim por Olivia Williams. E, assim, com mudanças sutis de cenário, de elenco e na ordem cronológica, o espectador se vê dentro da deso-rientada mente do protagonista. O que exatamente é real nessa história? “O que eu queria fazer não era contar a história por fora, mas por dentro, e colocar o público em uma posição ativa, como se estivesse na cabeça do personagem principal. Eu queria que Meu Pai fosse um pouco mais do que uma história, mas uma experiência, como se fosse você [o espectador] que perdesse o rumo”, descreveu o roteirista e diretor Florian Zeller.
O filme pode ser visto em plataformas digitais como YouTube, Now, Apple TV e Google Play.