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Xavante, Xukuru, Yanomami. Esses e outros povos indígenas brasileiros já estiveram nas páginas de Radis, que acompanhou ao longo dos anos suas lutas por direitos, saúde e território. Sempre comprometida com as pautas dos povos originários, Radis já abordou diferentes contextos de vida e resistência, desde a formação de novos agentes de saúde indígena até a cobertura de momentos de tensão, como perseguições e a crise sanitária Yanomami. 

A permanente luta pelo direito ao território e os saberes tradicionais também foram mostrados como fatores determinantes de saúde para esta população.

Yanomami: Sobrevivência

Radis 247 (abril de 2023)

A luta dos indígenas pelo direito de existir diante da omissão do Estado e dos ataques provocados pela mineração ilegal. — Capa: Ilustração digital de Eduardo de Oliveira
— Capa: Ilustração digital de Eduardo de Oliveira

A icônica edição de abril de 2023 trouxe a cobertura especial de Radis sobre a Emergência Sanitária Yanomami, deflagrada em janeiro de 2023, após anos de negligência de governos anteriores e a expansão violenta do garimpo. A equipe de reportagem, composta pelos repórteres Luiz Felipe Stevanim e Adriano De Lavor e o fotógrafo Eduardo Oliveira, esteve em Roraima em março, menos de dois meses após o decreto da emergência, para mergulharem fundo em uma jornada que resultou não apenas em cinco reportagens para esta edição como em publicações seguintes. 

Desde a estrutura montada para coordenar as equipes de saúde, passando pelos sete dias em que os repórteres visitaram a Casa de Saúde Indígena (Casai) e a história de Ifioma e seus três filhos, assim como uma ida a um pequeno trecho do território para o resgate de uma paciente, esta edição ainda trouxe a Assembleia Indígena de Roraima pedindo a retirada completa do garimpo, o depoimento do xamã Davi Kopenawa  e uma entrevista com seu filho, Dario Kopenawa, vice-presidente da associação Hutukara, que tem o objetivo de fortalecer as pautas do povo Yanomami.


Novas vozes indígenas

Radis 241 (outubro de 2022)

A reportagem de Ana Cláudia Peres e Luiz Felipe Stevanim presente na edição 241 traz o perfil de três jovens ativistas indígenas. Alana Manchineri, bióloga, é coordenadora e mobilizadora da Rede de Jovens Comunicadores da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab): “A gente entende a comunicação como um instrumento de poder. E quando não estamos inseridos neste instrumento, há um apagamento da nossa identidade como indígenas”. 

Samela Sateré-Mawé é influenciadora digital e comunicadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga): “Eu nasci numa associação do movimento indígena, que tem protagonizado a luta das mulheres. Quando percebi que poderia usar a minha voz para ser um veículo para difundir tudo o que estava acontecendo com nossos povos através da comunicação, eu não hesitei”. 

Miguel Buréta, farmacêutico, utiliza a poesia, a fotografia e outros elementos estéticos como forma de resistência: “É que, além da luta física, também disputamos a luta política através dos meios de comunicação e do espaço virtual, que se tornaram essenciais para o nosso povo”.

Leia mais em: https://radis.ensp.fiocruz.br/reportagem/juventude/novas-vozes-indigenas/


Rap Ancestral

Radis 235 (abril de 2022)

Esta edição traz uma entrevista com o rapper Owerá (antes conhecido como Kunumi MC), do povo Guarani Mbya, que fala de sua música como instrumento de comunicação e resistência. “É minha forma de comunicar, de levar a minha mensagem e do meu povo, o que muitas vezes na cidade não é visto. Não existe um olhar sobre a realidade e a cultura indígena, não só sobre aquilo que vivemos, mas também aquilo que não chega até a aldeia. Falo sobre políticas que querem quebrar os nossos direitos e sobre preconceito”.

Leia mais em: https://radis.ensp.fiocruz.br/entrevista/rap-ancestral/


Voz indígena

Radis 199 (abril de 2019)   

A entrevista de Joênia Wapichana, conduzida pelo repórter Adriano De Lavor, foi a capa desta edição, em que a então primeira deputada federal indígena eleita (hoje presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas — Funai) falou sobre a demarcação de terras: “Demarcar terras é um dever do Estado”. Ela também destacou a importância de políticas de acesso à saúde da população indígena, que naquele momento passavam por ameaças e retrocessos: “Indígenas são cidadãos brasileiros. Há todo um esforço para retroceder com a atenção à saúde dessa população a custo de interesses e entendimentos políticos individuais”. 


Os novos agentes estão chegando

Radis 153 (junho de 2015)

Nesta edição, Radis revisitou a formação dos agentes comunitários indígenas de saúde, no Alto Rio Negro, no Amazonas. A edição 84, de 2009, havia acompanhado a primeira formação. Seis anos depois, a reportagem retornou à região para mostrar os sucessos e os desafios enfrentados pelo curso e como a articulação para a formação dos agentes foi uma vitória para a população indígena do Alto Rio Negro. Um dos pontos destacados foi a participação dos atores locais, que estão mais preparados para identificar as particularidades do lugar, e não apenas questões de saúde.


Vida na Aldeia

Radis 98 (outubro de 2010)

O repórter Adriano De Lavor e o coordenador do Programa Radis, Rogério Lannes, visitaram o povo Xavante na Terra Indígena de Pimentel Barbosa, em Mato Grosso, para acompanhar o que estava causando o surgimento de doenças crônicas entre aquela população, como anemia, diabetes e hipertensão arterial. Líderes Xavante e pesquisadores da Fiocruz realizavam projetos na região para descobrir as relações entre as mudanças de hábitos alimentares e o surgimento dessas enfermidades na população. Além disso, a reportagem acompanhou o cotidiano nas aldeias e constatou como a saúde, para os povos indígenas brasileiros, está ligada ao direito à terra, ao respeito às tradições e ao acesso à alimentação de qualidade.


Povo em reconstrução

Radis 84 (agosto de 2009)

A capa da edição 84, com reportagem de Adriano De Lavor e fotos de Rogério Lannes, trouxe os problemas enfrentados pelo povo Xukuru, que vivia um contexto de ameaças e perseguições. Os indígenas sofriam com a criminalização de suas lutas, enquanto se mobilizavam para garantir direitos e reconstruir sua identidade cultural.


Agentes indígenas

Radis 80 (abril de 2009)

A reportagem de capa acompanhou a formação dos primeiros agentes comunitários indígenas de saúde, em um curso que aliava o ensino médio e técnico, no Alto Rio Negro, Amazonas. O repórter Adriano De Lavor (com fotos de Rogério Lannes) trouxe a história de alguns desses agentes e suas perspectivas sobre a formação. A atuação em suas comunidades mostrava a importância do resgate dos saberes ancestrais para a promoção de saúde. Um dos agentes ouvidos na época, Oriel da Silva Cordeiro, afirmou: “Perdemos muita coisa de nossa cultura e abandonamos muitas tradições. Aqui pude relembrar nossos costumes e nossa medicina tradicional”. 


Terra é saúde

Radis 22 (junho de 2004)

Como parte de uma série de reportagens sobre temas que estavam em pauta no contexto da 12ª Conferência Nacional de Saúde (realizada no final de 2003), a edição 22 abordou o panorama da saúde dos povos indígenas naquele momento. Um dos pontos determinantes era a falta de acesso ao atendimento de saúde e, principalmente, a questão da demarcação das terras como um fator importante para a garantia e a manutenção de uma etnia e, como consequência, de sua saúde.

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