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“Quando eu tinha uns 20 anos, não havia muitos exemplos ao meu redor ou na mídia sobre o que era um homem gay mais velho, dos seus 50, 60, 70 anos. Comecei a pesquisar essa questão e entendi que os motivos eram a crise de HIV/aids e o contexto violento na comunidade, motivos pelos quais era mais difícil chegar até certa idade”, disse Rafael à Agência Brasil (30/5).

O fotógrafo revela que este é o momento oportuno para contar as histórias e mostrar os corpos que passaram dos 60 anos, contribuindo para pensar em outra maneira de envelhecer “além das ideias de que a vida acabou, e que não é mais possível sonhar e amar”. A exposição, que faz parte da programação de eventos da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo — cujo tema, em 2025, é o envelhecimento — também apresenta uma instalação em vídeo, por meio da qual os visitantes poderão conhecer melhor as histórias das pessoas fotografadas.

Para André Fischer, curador da exposição e diretor de Comunicação da Associação da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, a exposição é “uma resposta visual e emocional” à invisibilidade do tema, e tem como objetivo nomear e valorizar as velhices LGBT+ não apenas como uma etapa da vida, mas como uma forma de existência que, até muito recentemente, parecia inalcançável para a maioria das pessoas da comunidade. 

“Nossos corpos, nossas trajetórias e nossos afetos foram historicamente expulsos da ideia de futuro. Por isso, ver pessoas LGBT+ envelhecendo hoje e ver com beleza, com desejo, com afeto, é um acontecimento histórico”, afirma Fischer.

— Fotos: Rafael Medina.

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