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Em agosto de 2015, um comentário pejorativo de alguns familiares impulsionou Amanda Neves a mudar de vida. Um pouco distante do que considerava ser sua forma física ideal, ela conta que àquela época alguns de seus parentes já costumavam participar de corridas de rua. No inverno daquele ano, programaram uma excursão em família, saindo da capital paulista com destino ao município de Bombinhas, em Santa Catarina, onde parte do grupo correria e os demais assistiriam à prova. Amanda, até então sedentária, estava claramente escalada no pelotão da torcida. E não aparentava incômodo com essa posição, até um imprevisto desfalcar o time de corredores e uma provocação afetar sua autoestima. “Um dia antes da corrida, uma das minhas tias desistiu de ir por problemas de saúde do pai dela e então os meus familiares começaram a falar para mim coisas do tipo: ‘Põe a gorda pra correr no lugar da tia, não vai aguentar nem um quilômetro’. Eu sei que foi na brincadeira, mas aquilo mexeu profundamente comigo”.

Amanda de fato não correu aquela prova. Mas a partir dali, entendeu que precisava fazer algo por si e resolveu mudar seus hábitos. “Aquele episódio mexeu com minha autoestima, mas sem dúvida a motivação principal foi a qualidade de vida. A questão estética é praticamente consequência natural dessa mudança”, relata. Desde então, Amanda adquiriu apoio profissional de educador físico e nutricionista esportiva, passou a se exercitar, mudou sua alimentação e ainda naquele ano deu seus primeiros passos na corrida. Hoje, com 29 anos e 62 quilos (18 a menos do que antes), a bacharel em Direito e assistente judiciária no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo ainda se prepara para correr sua primeira maratona, mas já acumula provas mais curtas e fez das corridas, treinamento funcional e trilhas dos fins de semana uma rotina que cumpre há mais de cinco anos. Segundo ela, os benefícios acompanharam a transformação. “Mais disposição, concentração e agilidade são coisas que adquiri com a mudança de hábitos”, constata.

Caminho semelhante trilhou o baiano de Itabuna, Yukio Takada. Em 2014, ao sair de um consultório médico, ele decidiu que precisava abandonar o sedentarismo para regular o funcionamento de seu organismo. Entre as alternativas apresentadas, fez uma escolha que deu novo rumo aos seus dias. “Comecei a correr em 2014, quando foi constatada elevação de algumas taxas fisiológicas, como glicemia, colesterol e triglicerídeos. E isso não era um bom sinal para um jovem com 31 anos. O médico fez duas recomendações: remédios ou alguma atividade física, claro que escolhi a segunda opção”, conta. Em quatro anos, Yukio eliminou mais de dez quilos, manteve a forma física e passou a ter uma nova rotina, com mais disposição, desafios e novas amizades.

Neto de imigrantes japoneses, Yukio é bacharel em Administração e narra sua trajetória no livro de autoria própria, intitulado “Corrida, planejamento e propósito: do sedentarismo à maratona”. “O livro conta exatamente essa transição entre um jovem sedentário com sobrepeso e taxas fisiológicas altas até conseguir completar uma maratona na cidade de Salvador”, comenta. Hoje em dia, adaptado à nova realidade, Yukio compartilha sua rotina de treinos nas redes sociais, em que tem milhares de seguidores, e exercita-se seis dias na semana, alternando entre treinos de corrida e atividades de força e resistência, como o crossfit. “A atividade física não só acarreta melhorias nas taxas fisiológicas, como melhora humor, sono, apetite, além de promover um bem-estar físico e mental”, defende.

Guia de atividade física

Para inspirar novas histórias, como a de Amanda e Yukio e orientar esses praticantes, a Secretaria de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde (MS), vem elaborando o Guia de Atividade Física para a População Brasileira. O documento, que deve ser publicado no primeiro semestre de 2021 e passou por consulta pública em agosto de 2020, foi confeccionado por um colegiado multidisciplinar de profissionais e pesquisadores de diversas áreas da saúde e da educação física e foi estruturado por faixas etárias, com orientações para a prática de exercícios desde a primeira infância até idosos. Antecedido pelo Guia Alimentar da População Brasileira, publicado em 2014, o guia de atividade física é visto com potencial de ser uma referência para o campo da educação física nas ações de educação em saúde. É nisso que acredita Douglas Andrade, educador físico com doutorado em saúde pública e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS), que contribuiu com a produção do material.

O guia atualizará as prescrições de atividades físicas como estratégia de promoção de saúde e autocuidado. Porém, a versão disponibilizada para consulta menciona, mas não aprofunda as subjetividades de cada indivíduo e fatores socioeconômicos que podem dificultar a adesão dessa prática a uma parcela significativa da sociedade. Recentemente, em novembro de 2020, a Organização Mundial da Saúde publicou um novo relatório com orientações de atividades físicas, no qual atualiza a orientação de exercícios em todas as faixas etárias dez anos após sua última publicação sobre o tema. Para os adultos de 18 a 64 anos, a recomendação é que pratiquem de 150 a 300 minutos semanais de atividades moderadas ou de 75 a 150 de atividades intensas. Ainda no fim de 2020, estudos científicos também atribuíram melhor resposta à covid-19 entre indivíduos ativos em comparação aos sedentários, com uma redução de até 34% do risco de internação.

Para Daniel Kopiler, chefe do Serviço de Reabilitação Cardíaca do Instituto Nacional de Cardiologia e presidente da Comissão de Desenvolvimento da Confederação Pan-americana de Medicina do Esporte, os ganhos biológicos são acentuados a quem consegue incorporar uma rotina mais ativa em seu cotidiano. “Os exercícios são capazes de melhorar todos os sistemas do corpo, desde o trabalho do coração, força e potência muscular, capacidade respiratória, produção de energia eficiente e econômica, seja no repouso ou no esforço, bem como melhora da autoestima, sensação de bem estar e motivação no dia a dia e no trabalho”, afirma. O cardiologista lembra que os exercícios ajudam na prevenção e no controle de doenças crônicas e cita que o documento da OMS estima o prolongamento de muitas vidas com a mudança de hábitos. “A OMS recentemente publicou em seu site que cinco milhões de mortes ao ano poderiam ser evitadas com um remédio chamado ‘atividade física’, e recomenda doses específicas de acordo com a idade”, explica.

Foto: Reprodução.

Menos do que o desejado

Apesar da reconhecida importância da prática regular de atividade física, dados estatísticos demonstram que em geral os brasileiros ainda estão aquém do que se preconiza em relação à atividade física. Os dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2019 indicaram que quase 45% da população com 18 anos ou mais de idade das capitais brasileiras não atende ao mínimo de atividade física recomendado pela OMS, sendo que as mulheres (52%) e os idosos (69%) apresentam as maiores prevalências. O Vigitel compõe o sistema de Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis do MS, juntamente com outros inquéritos, como os domiciliares e os voltados para a população escolar.

O guia irá reforçar a importância de romper com o sedentarismo e estimular as pessoas a se exercitarem. Entretanto, é preciso compreender os fatores que ainda podem afastar os indivíduos da prática dos exercícios físicos. “Para que um cidadão pratique atividade física, é importante ressaltar que não é uma mera decisão individual”, adverte o vice-presidente da SBAFS. Douglas lembra ainda que, embora a vontade individual seja fundamental nesse processo, ela por si nem sempre basta. “Essa decisão está mediada por uma série de questões, pelas oportunidades e várias inter-relações que temos com fatores individuais, coletivos, ambientais, culturais, econômicos e políticos”, ressalta.

O gaúcho Alan Goularte Knuth, doutor em epidemiologia, professor e pesquisador na área de educação física da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), corrobora com a posição de Douglas. “Há dados indicando uma baixa democratização da atividade física, pois a maioria das pessoas que estão envolvidas com as práticas utiliza o âmbito privado”, destaca, ao ressaltar que “estamos considerando a atividade física de lazer, pois é a atividade física que se relaciona com os significados produzidos pelas pessoas”.

Cuidados na alimentação e políticas públicas

Letícia Machado é nutricionista do futebol de base do Club de Regatas Vasco da Gama e atua em uma área transversal à correlação atividade física e saúde, a alimentação. Acostumada a lidar com atletas em formação e profissionais de alto rendimento há cinco anos, a profissional conhece de perto a importância desse alinhamento. “Não adianta focar apenas na rotina de exercício físico e esquecer-se da alimentação equilibrada. Até porque, ao gastarmos energia durante a prática de atividade física, vamos precisar repô-la. E a alimentação com boas fontes de carboidratos, proteínas, gorduras e fitoquímicos tem um papel fundamental na saúde em geral”, explica. Letícia faz ainda uma analogia do corpo humano com um automóvel: “Todo carro ao ser colocado na pista, gasta combustível (a atividade física). Teoricamente, quando pensamos em repor isso, devemos pensar no melhor combustível, para preservar o desempenho desse carro, que seria a alimentação equilibrada”.

Crucial para o chamado autocuidado, a alimentação orientada nem sempre é a realidade de todos os estratos sociais. Por isso, é importante a disponibilidade de um documento acessível de referência, como o guia alimentar. “O guia do Ministério da Saúde é para a população. Está no mesmo movimento do guia alimentar, que mudou o foco dos pares para os cidadãos”, afirma Douglas. Letícia também enxerga positivamente a possibilidade de intercâmbio com uso do novo guia. “Acredito muito que as diretrizes para a prática de atividade física podem ser uma ferramenta excepcional para uso dentro e fora do consultório por nós, profissionais de saúde”, pontua.

Ainda que o futuro guia seja uma estratégia de promoção da saúde, com potencial de indução e orientação acerca da busca por melhores hábitos de vida, as políticas públicas precisam ir além e permitir que essa realidade não seja excludente. Fábio Fortunato de Carvalho, doutor em ciências pela Fiocruz, professor de educação física e servidor público federal da carreira de Ciência e Tecnologia, já atuou na gestão federal do SUS, no Programa Academia da Saúde e na Atenção Básica, e atesta a importância do guia para a saúde coletiva, lembrando que a publicação é resultado de longo investimento. “Ele é fruto de pelo menos 15 anos de investimento em políticas públicas de promoção da atividade física no Brasil e de pesquisas relacionadas”. Fábio, entretanto, defende a ampliação desse aporte. “É necessário investir em políticas públicas, não só no setor saúde, mas que ampliem o acesso e as oportunidades para que as pessoas pratiquem atividade física, em especial a partir de uma opção”.

Já Alan pondera que “o tema da atividade física para o Estado brasileiro carrega um denso componente político, mas um frágil componente econômico”. Alan afirma ainda que as campanhas e os guias desacompanhados de políticas capazes de ofertar práticas diversas de atividades físicas associadas às equipes de saúde na atenção básica são insuficientes. “Há neste caso uma contradição evidente, pois o mesmo governo que fomenta o guia brasileiro da atividade física retira as equipes do NASF-AB [Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica] do financiamento da atenção básica”. Ele prossegue sua crítica enfatizando que tais medidas deterioram o princípio da integralidade na saúde, “daí restará, novamente, um componente discursivo demandando aos indivíduos que pratiquem atividade física, resumindo o tema aos ditames individuais e biológicos”.

Na visão de Douglas, é preciso envolver o poder municipal nas discussões. “O governo federal investe há algum tempo em algumas políticas indutoras, como a Academia da Saúde — hoje estrangulada. O programa começa em 2011 e em 2013 é ampliado como prática de promoção da saúde”. Para ele, é fundamental que todo governo, “seja ele estadual, municipal ou federal”, coloque em sua agenda o tema da atividade física. Ele lembra também o papel de destaque que a educação física possui na sociedade. “Obviamente, a gente já tem um histórico da presença da atividade física no âmbito da educação, por meio da educação física escolar. Na área de esporte, também, tradicionalmente ela ocupou esse lugar, e mais recentemente tem ocupado espaço na área da saúde, por conta, principalmente, da agenda de combate, prevenção e promoção das doenças crônicas. Mas ela é também um direito do cidadão, assim como o esporte e o lazer”, afirma.

Determinantes sociais importam

A partir da abordagem sociocultural da atividade física, pesquisadores do campo da educação física ouvidos por Radis, como Fábio Carvalho e Alan Knuth, convidam à reflexão acerca de fatores determinantes que podem estar impedindo os sujeitos de atenderem às convocações prescritivas da adoção dos exercícios físicos. Muitas vezes não se trata de meras escolhas ou assumidos desinteresses, mas sim de falta de oportunidades, considerando as desigualdades que nos constituem enquanto sociedade. “A literatura já há algum tempo identificou barreiras que dificultam as pessoas a praticarem mais atividade física e vem discutindo estratégias para superá-las”, avalia Fábio.

Segundo Alan, “infelizmente, diversos estudos indicam que há uma gritante desigualdade nas oportunidades para o envolvimento com a atividade física”. Para Fábio, a abordagem ainda hegemônica é a compreensão da atividade física como um elemento individual, baseado exclusivamente no esforço pessoal. “Ou seja, quem não faz é unicamente porque não quer, é preguiçoso, não se cuida. Aparentemente haveria um ‘poder de sedução’ que tornaria a atividade física irresistível, logo quem não é seduzido, está errado”, critica. Alan enfatiza o alcance limitado que a produção discursiva pautada na ciência biomédica confere a uma questão social complexa quando se atém apenas aos aspectos parametrizados da fisiologia para tentar convencer os indivíduos ou esperar que eles se convençam dessa importância. “Reproduzir o mantra de acumular minutos de atividade física na perspectiva biológica, sem observar as condições de vida e o contexto dos movimentos, se configura em uma prática esvaziada e desatenta ao cuidado comprometido com as pessoas”, adverte.

É nesse contexto das oportunidades e dos benefícios que a dita democratização do exercício físico é posta em cheque, conforme pondera Fábio. Ele defende ainda que o enfoque nas doenças tem um êxito limitado, afinal essa é a narrativa dominante e os dados mostram que a inatividade física permanece alta.

Pouco exercício é melhor do que nenhum

O que mostrou ser unanimidade entre os entrevistados é o fato de que, apesar de todos os desafios e variáveis envolvidas, a inatividade física representa maior risco em relação às doenças crônicas não transmissíveis. “A pesquisadora da Universidade de Harvard I-Min Lee, em publicação recente, mostrou que nos Estados Unidos, no ano de 2008, morreram mais indivíduos por conta do sedentarismo do que por tabagismo”, ressalta Daniel. Na mesma linha, Douglas afirma que “qualquer atividade física é melhor que nenhuma e quanto mais, melhor”. Questionado se as pessoas sedentárias deviam ter alguma preocupação extra nessa transição de hábitos, ele é taxativo ao reforçar a necessidade de redução do comportamento sedentário. “A gente costuma usar uma máxima de que normalmente quem tem que ter mais cuidado é quem leva uma vida sedentária. Esse sim precisa fazer check up todo ano, se preocupar com as questões de saúde, porque estaria em maior risco”, explica.

Embora reconheça o papel e a fundamental importância dos profissionais de Educação Física, Fábio desmistifica uma das possíveis razões para a recusa à prática regular de exercícios, que é a falta de acesso a esse suporte técnico. “A orientação é muito bem-vinda, mas não deve ser uma barreira de acesso para as pessoas praticarem”, adverte. O educador físico classifica ainda como atividade física “adequada” toda aquela que as pessoas podem e querem fazer, que são oportunizadas em diferentes situações do cotidiano. “Em geral, os estudos populacionais não abordam se a atividade física foi orientada ou não, ou seja, ela traz benefícios para a saúde mesmo quando não orientada”, conclui.

Douglas também entende que qualquer atividade capaz de fazer o indivíduo se movimentar pode ajudar no objetivo de romper com o sedentarismo. “A gente coloca sempre a atividade física nesse conceito mais amplo, porque ela pode ser feita em quatro contextos: lazer, deslocamento/locomoção, atividades domésticas e atividades no trabalho”, enumera. Alan Knuth tem outro posicionamento acerca do que considera ser uma prática ideal, a qual define como aquela que esteja alinhada à satisfação pessoal. “Não me coloco ao lado de campanhas que incentivam práticas de atividade física como as domésticas e de trabalho, pois, em geral, estão descaracterizadas dos processos sociais desiguais que as constituem e não passam por ‘escolhas’ em torno de atividades físicas prazerosas e sim por imposições das condições de vida”, avalia. Para ele, um discurso “pastoral, duro ou descontextualizado” só afasta as pessoas de conhecerem e experimentarem o movimento.

Direito universal ou privilégio excludente?

Ainda sobre as desigualdades de condições, é necessário que haja uma compreensão ampliada de que, além do convencimento e da persuasão, a população precisa ter a oportunidade de acesso a práticas esportivas prazerosas e o espaço urbano deve ofertar essas condições, como constata Douglas. “As cidades em geral não são preparadas para crianças, idosos e pessoas com deficiência. Precisaria oferecer mais atividades físicas”. Embora as Unidades Básicas de Saúde por vezes se esforcem para adotar atividades físicas como estratégia de promoção da saúde, ele lembra que elas ainda ocorrem em um formato que exclui uma parcela importante da população. “Os trabalhadores não conseguem acessar, pois os horários são restritos e, além disso, há um desânimo, um cansaço no fim do dia em que muitos passam cerca de três horas de deslocamento no trânsito”, avalia.

Para Alan, ignorar esses aspectos e simplesmente facultar ao indivíduo querer ou não ter mais saúde exercitando-se é um argumento que desconsidera a teia de subjetividades que envolvem essas práticas hegemônicas. “Se não houver a indução para a educação em saúde e a oferta de práticas pelo Estado, repetiremos o que vem acontecendo: a atividade física se constituindo mais como um privilégio do que um bem comum”, alerta. Ele defende que o ambiente e as condições de vida são aspectos cruciais nessa equação — como a maior disponibilidade de praças, parques, quadras, piscinas, pistas, equipamentos, atividades na natureza e qualificação das escolas. Segundo ele, a atividade física poderá ser um bem acessível se as pessoas viverem em condições dignas, com disponibilidade de trabalho, direitos, renda, educação, moradia e lazer. “Se temos uma persistente e brutal desigualdade, fica comprometida toda a abordagem que se relacione com a saúde, o lazer e particularmente a atividade física. Ignorar esse cenário perverso, mesmo quando vamos tratar de atividade física, é contribuir para a manutenção do quadro apresentado”, reflete.

Por fim, para que o guia venha a se constituir como uma ferramenta potente, ele deverá vir acompanhado de medidas complementares. Quando Amanda decidiu reagir às provocações de seus familiares e Yukio saiu do consultório médico convencido de que tinha um quadro de saúde a reverter, eles tiveram condições de incluir novos hábitos em suas rotinas. Naturalmente, há esforço, dedicação e comprometimento individual envolvido. Mas o que se espera com o guia de atividade física para a população brasileira é que novas Amandas e Yukios também tenham suas chances. Sejam eles das capitais ou das periferias. Do Norte ou do Sudeste. E que o marco se reflita, de fato, em uma aproximação mais profícua entre a educação física e a saúde coletiva.

As pessoas reagiram a este conteúdo
Comentários para: O prazer de se exercitar
  • 1 de março de 2024

    A importância da atividade física para a saúde é inegável, como evidenciado pelos relatos de Amanda e Yukio. Entretanto, as desigualdades de acesso persistem. Concordo que o futuro Guia de Atividade Física deve considerar não apenas as prescrições, mas também os fatores socioeconômicos que impactam a adesão. O desafio é garantir oportunidades igualitárias para todos, tornando a atividade física não apenas uma recomendação, mas um direito universal.

    Responder
    • 5 de março de 2024

      Obrigado pelo seu comentário!

      Responder

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