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Criada em 1993 e formalizada por um estatuto em 2003, a Frente Parlamentar Evangélica reúne atualmente cerca de 70 deputados na defesa de princípios conservadores e para barrar políticas ligadas principalmente aos direitos da população LGBT, das mulheres e dos povos de terreiro. Um dos principais focos desse grupo se concentrou na Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo pastor Marco Feliciano (PSC) entre 2013 e 2014. Como explica Christina Vital, a atuação desse segmento se deu pela ocupação de áreas estratégicas da Câmara, como a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), por onde passam todos os projetos da casa legislativa, e na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI), que aprova as concessões de rádio e TV, outra moeda importante para o fortalecimento desse grupo político e religioso.

“O combate aos direitos da população LGBT sempre foi temática histórica dos evangélicos, enquanto a questão do aborto era uma defesa católica. Então ocorre um somatório de forças entre esses parlamentares”, aponta a pesquisadora. Um dos projetos que mais tem mobilizado atenção é o chamado Estatuto da Família (PL 6583/2013), que entende como família apenas os grupos formados por casais heterossexuais e impede a adoção de crianças por casais homossexuais. “O problema não está em um religioso entrar na política. Os grupos devem se sentir representados no Parlamento, mas não podem usar a política para fortalecer suas próprias instituições, cercear direitos dos outros e impactar a agenda das políticas públicas”, enfatiza.

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