Irmã Terezinha, a veterana
Quando o sanitarista Sergio Arouca decretou que “democracia é saúde”, durante a 8ª Conferência Nacional de Saúde, em março de 1986, ela estava presente. Quando a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, discursou no encerramento da 15ª, em dezembro de 2015, logo após o pedido de impeachment ser acolhido pela Câmara dos Deputados, também. Aos 77 anos, Irmã Terezinha de Sá Barreto traz o vigor dos jovens e uma marca memorável: esteve em todas as conferências nacionais de saúde desde que o evento passou a contar com a participação popular, a icônica 8ª.
“Enquanto houver luta e resistência em defesa dos menos favorecidos, é lá que estou.”
“Naquela época, eu dizia: ‘Gente, é com luta e resistência que vamos chegar a um denominador comum e à vitória’”, recorda a religiosa. As palavras funcionavam como um combustível para quem, juntamente com ela, em 1986, subiu em um ônibus lotado para atravessar a Bahia e cruzar cerca de 1.500 quilômetros de estrada entre o município de Euclides da Cunha e a capital federal. Agora, para participar da 17ª, em Brasília, a viagem de avião foi mais tranquila. “Mas a batalha continua. Enquanto houver luta e resistência em defesa dos menos favorecidos, é lá que estou”, avisa.
Radis encontrou Irmã Terezinha nos corredores do Centro Internacional de Convenções do Brasil. A figura, meio destemida, meio protetora, pairava soberana na multidão. Havia acabado de participar de uma mesa de debate sobre a garantia de direitos e a defesa do SUS e aguardava o início das discussões nos Grupos de Trabalho. Tinha um véu branco lhe cobrindo a cabeça. Mas no corpo, em vez das vestes típicas de sua congregação, trajava a camiseta branca com letras lilás do Junho Violeta — marca do Mês de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. O hábito faz o monge, diz um velho ditado — no caso, a freira.
“Minha filha, eu sempre fui de movimento social e não vou deixar de ser. Mesmo que as congregações fossem meio fechadas, nunca me senti podada em participar da luta”, ela diz, com a certeza de quem pode tanto levantar a bandeira da educação popular quanto a das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS). Às vezes, é vista em cima de um caminhão discursando em favor da democracia. Noutras, dançando ciranda em uma tenda compartilhada. “Eu luto pela vida e por nosso sistema de saúde público, universal e de qualidade”.
Da JAC às CEBs
Os pais de Irmã Terezinha são cearenses, mas ela nasceu no Maranhão, tem família no Piauí e hoje vive na Bahia. Antes de tudo, uma nordestina. Na adolescência, integrou a Juventude Feminina Católica (JAC) e já naquela época abraçou a causa das quebradeiras de coco babaçu ameaçadas de morte pelos coronéis da região. Há mais de meio século entrou para a congregação Divino Mestre, fundada pelo ex-salesiano José Gumercindo dos Santos, um padre cujo processo de beatificação está em andamento, ela conta.
Tem vocação para a militância. Foi das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) — grupos que se formavam em torno das paróquias a partir dos anos 1960, incentivados pela Teologia da Libertação, e que acabaram gerando um dos movimentos mais inclusivos da igreja católica. Coordenou as pastorais da Criança e Rural, em regiões onde morou. Deu aulas em escolas e tomou conta de um orfanato em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. Esteve à frente da Conferência das Religiosas do Brasil (CRB).
Irmã Terezinha é também técnica de enfermagem, mas garante que não gosta muito de hospitais. Talvez por isso tenha escolhido exercer o ofício junto às PICS, que utilizam recursos terapêuticos baseados em saberes tradicionais e populares para auxiliar na prevenção de doenças e promoção da saúde. Se depender dela, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares nas unidades de saúde será implementada e ampliada, como pediam muitas das propostas que estavam em votação na 17ª.
No GT 44, que discutia o Eixo 4 da Conferência (“Amanhã vai ser outro dia para todas as pessoas”), ela defendeu que as PICS passem a ser garantidas pelo SUS, com financiamento pelas três esferas de governo, e implementadas na Estratégia de Saúde da Família, em todo o território nacional. “Esse é o nosso desejo, além, é claro, da não privatização do SUS”, faz questão de ressaltar.
O abraço é a marca registrada de Irmã Terezinha, assim como as mãos espalmadas em concha, exatamente como a sua avó fazia: “Significa receber e doar energia”, explica à Radis. É com um abraço forte que ela cumprimenta cada um dos participantes que resolvem lhe abordar pelos corredores da 17ª. Fez isso uma, duas, três vezes e durante o tempo em que a reportagem lhe acompanhou naquele dia. Ao ser recebida com o mais nobre dos gestos, a biomédica e professora paulistana Cássia Custódio não escondia a emoção. “Essa mulher tem sempre uma reflexão e muita bondade para compartilhar”, aponta Cássia.
Tempos atrás, Cássia havia participado de uma formação em terapia comunitária integrativa com Irmã Terezinha. Ficou feliz com a coincidência daquele esbarrão em plena Conferência Nacional de Saúde — mas não surpresa. “Porque ela é, de fato, uma militante, sempre em defesa do SUS e da democracia”, comenta, enquanto compartilha com o seu grupo a notícia de que Irmã Terezinha está entre os mais de 6 mil presentes. “Todos estão em polvorosa. Ela é um pilar para nós. E que continue nos iluminando”.
A freira e a ministra
A freira tem um braço levantado, punho cerrado, olhos atentos por trás dos óculos de armação branca. Gesticula. Está com uma expressão concentrada, mas sorri. Atrás dela, a ministra devolve o olhar, retribui o sorriso. Diz algo em voz baixa. Parece muito grata pelo apoio. Em poucos instantes, as duas vão estar lado a lado, num abraço.
A cena aconteceu diante de muitos, durante a cerimônia de abertura da 17ª, quando um grupo de participantes invadiu organizadamente o palco onde autoridades e convidados se posicionavam para os discursos. Em coro, entoavam um grito repetido muitas vezes ao longo da Conferência: “Fica, Nísia!”. Era uma maneira de se posicionar contra a ameaça que Nísia Trindade Lima, a ministra da Saúde, vinha sofrendo diante da cobiça de grupos políticos pelo comando da pasta.
Irmã Terezinha foi a portadora de um estandarte que trazia uma foto estilizada de Nísia em relevo — um trabalho executado por mulheres artesãs. “Entreguei nas mãos da Ministra, que olhou para mim e agradeceu. Chorei de emoção”, conta, ao lembrar do episódio que havia acontecido na véspera, e volta a se emocionar. “Esta Conferência é histórica!”.
Em todos esses anos, Irmã Terezinha guarda muitas histórias. Algumas pouco memoráveis. Na 15ª, que ficou marcada pela ameaça de impeachment que começava a se desenhar no país, ela recorda ter se aliado a outros delegados em uma passeata pelas ruas de Brasília. Representando a Bahia, a religiosa ainda lembra de cor, ou quase, as palavras que bradou do alto de um caminhão, movida pelo calor da hora. Em resumo, queria dizer que “o golpe contra Dilma Rousseff era uma grande injustiça e um crime contra a democracia”.
Naquela ocasião, ela sugeriu convidar a então presidente para o encerramento da Conferência — algo que acabou se concretizando. “Apesar da tristeza com o golpe, aquele foi um grande momento em que pudemos demonstrar nossa resistência”. Quatro anos depois, em 2019, ela também estava na manifestação que ocorreu durante a 16ª em reação às declarações pouco promissoras do então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. “Queriam que a gente baixasse a cabeça. E nós resistimos”, sustenta.
Passado, presente, futuro
“O amanhã é hoje! O amanhã é hoje!”. A frase é pronunciada por irmã Terezinha algumas vezes, numa quase licença poética com o tema da 17ª (Amanhã Vai Ser Outro Dia!). Velha conhecida dos movimentos sociais, ano passado participou do 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrascão), quando deu um depoimento à Radis: “Eu gostaria que as conferências abraçassem a sociedade como um todo”, disse [assista ao vídeo no perfil de Radis no Instagram].
Desta vez, ela comemora o fato de a 17ª CNS ter aberto espaço para inclusão de pessoas eleitas nas conferências livres — ela própria estava como delegada pela Conferência Livre de Educação Popular, representando a Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde (Aneps). “O movimento popular está todo aqui. Todo mundo de peito aberto, com direito à voz e ao voto”.
Sem esquecer o passado que a trouxe até aqui, na entrevista à Radis, a defensora de políticas públicas para os menos favorecidos rememora os dias em que participou do comitê criado por Frei Betto para a execução do Fome Zero — ainda durante o primeiro governo de Luís Inácio Lula da Silva, no início dos anos 2000.
Naquela época, o Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar, cujas iniciais formavam o sugestivo Mesa, era o responsável pela execução do programa. Nas palavras de Frei Betto: “Não apenas matar a fome de pão, mas também saciar a sede de beleza: promover a educação cidadã dos beneficiados”. Em torno do Mesa, havia o Conselho Operativo do Fome Zero (Copo), o Programa de Ação Todos pela Fome Zero (Prato), os Agentes de Segurança Alimentar (Sal) e, ainda, o Talher – como ficaram conhecidas as equipes espalhadas pelo país que preparavam monitores para ajudar como multiplicadores.
“É valioso poder estar aqui e dizer: ‘Nós estamos vivos! Nós sobrevivemos!’”
Lá estava irmã Terezinha, fazendo parte do Talher, formando comitês gestores e enfrentando a polícia e os manda-chuvas do poder local em Quijingue, o segundo município mais pobre da Bahia, onde ela morava na época. Por essas e outras, a 17ª significou, para ela, um momento de retomada. “É valioso poder estar aqui e dizer: ‘Nós estamos vivos! Nós sobrevivemos!’”, emociona-se outra vez.À reportagem, ela garante que volta para casa com as esperanças renovadas. “Saímos com a saúde, a vida, a democracia, o SUS e os movimentos populares, todos fortalecidos”, diz do alto de suas nove conferências. “O amanhã é hoje”, indica, mais uma vez, fazendo questão de posar para a foto, segurando uma placa confeccionada por Radis — por coincidência, com o mesmo teor.
Zé Neguinho, o estreante
José da Silva Lemes está à vontade como “marinheiro de primeira viagem” — como ele mesmo diz — em uma Conferência Nacional de Saúde. Tem 59 anos, prefere ser chamado de Zé Neguinho, e só recentemente tomou contato mais direto com os caminhos da participação popular. Eleito pelo segmento de usuários do município de São Bernardo do Campo, viajou para Brasília, em julho, com a maior delegação da 17ª, nada menos do que 460 pessoas que representavam o estado de São Paulo.
Para sua estreia, vestiu roupa elegante, e saiu de casa às 6 horas da manhã de um domingo. Ao chegar na capital federal, foi direto para o Centro Internacional de Convenções do Brasil, deixou a bagagem no guarda-volumes, garantiu o credenciamento, pegou fila, crachá e seu lugar na plateia para assistir à abertura com a ministra da Saúde, à noite. Mas enfrentou uma série de contratempos. Já passava das 2h30min da madrugada de segunda-feira quando, finalmente, conseguiu se instalar em um hotel, em Brasília.
Zé Neguinho reclamou da demora e da falta de resposta da organização. Mas, apesar do cansaço, considerou tudo tolerável diante do tamanho da missão. “Somos uma multidão aqui lutando para fortalecer o SUS”, diria à Radis, no dia seguinte. Bem-humorado, ele arruma a boina, afina o banjo — instrumento que funciona quase como uma extensão do seu corpo — e puxa um cordão abrindo espaço pelos corredores ao som de uma paródia de “Não deixe o samba morrer”, composição eternizada na voz de grandes sambistas como Alcione, que, na versão militante, virou uma ode ao Sistema Único de Saúde.
Na saúde e na doença
Foi quase por acaso — e depois de um susto — que Zé Neguinho se transformou em um militante do SUS. Há cinco anos, entrou em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no Parque São Bernardo, onde mora, para uma consulta de rotina. Convencido pela médica de que já passava da hora de um exame de próstata, foi encaminhado para um urologista. Alguns exames, uma ultrassonografia e dois médicos depois descobriu que havia algo errado. Diagnóstico: um câncer de rim.
“Tinha início ali uma nova história. Eu, que nunca havia tido qualquer problema de saúde e morro de medo de agulha e de tomar injeção, precisava enfrentar”, conta. Entre a sua primeira consulta e a cirurgia, não demorou nem um mês. “Em 25 dias eu estava sem um rim. O tumor já havia tomado mais de 50% do órgão. Mas não precisei de radioterapia nem quimioterapia. E estou curado. Fiz tudo pelo SUS”.
“Ouvi das pessoas da minha comunidade que a saúde precisava de mim. Como eu havia precisado da saúde antes, achei que estava na hora de retribuir.”
A partir dali, começou a tomar corpo uma relação recíproca. “Ouvi das pessoas da minha comunidade que a saúde precisava de mim. Como eu havia precisado da saúde antes, achei que estava na hora de retribuir”. Passou a compor uma chapa para disputar o Conselho de Saúde local, venceu, virou conselheiro em uma das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de seu município e vivenciou as conferências municipais e estaduais de saúde. Em julho, Zé Neguinho estava entre os 65% dos participantes que declararam estar pela primeira vez em uma Conferência Nacional de Saúde [leia matéria clicando aqui].
Não que nunca houvesse feito parte do movimento social. Como artista e autêntico representante da cultura popular, sempre batalhou por políticas públicas mais inclusivas. Mas a defesa da Saúde propriamente dita, ele lembra, começou ali, diante do cuidado recebido em uma unidade básica. “Eu costumo dizer que o sistema ainda tem que melhorar, bastante, muito, pra caramba, e por isso lutamos”, argumenta. “Mas o que a gente precisa mesmo é de pessoas. Se eu não tivesse encontrado as pessoas certas na hora certa, não estaria aqui falando com vocês, tocando meu banjo e defendendo uma causa tão importante”.
Contra o racismo
No Grupo de Trabalho que Zé Neguinho participa durante a 17ª, as discussões giram em torno da “garantia de direitos e da defesa do SUS, da vida e da democracia” — propostas do Eixo 3, que ele defende em todos os espaços em que tem oportunidade, inclusive durante a entrevista à Radis. “Você vê o que estavam querendo fazer com o SUS?”, indaga, inconformado com as tentativas de privatização do maior sistema público de saúde do mundo. “Isso ia matar as comunidades indígenas, os quilombolas e a maioria dos moradores de periferia de nosso país, que não têm condição de pagar por um plano de saúde privado”.
Familiarizado com regulamento, relatório consolidado, caderno de propostas, Zé Neguinho sente-se preparado para a votação — nesta etapa, nos grupos, os delegados não podem mais acrescentar nenhum termo à redação, mas é permitida a supressão parcial ou total das propostas, antes que sejam levadas à plenária final. As disputas e afinidades acontecem também pelos corredores. Convicto, Zé Neguinho havia acabado de assinar uma moção de repúdio que circulava na 17ª contra a industrialização do sangue humano, uma referência à PEC 10/2022, que visa autorizar a coleta e processamento de plasma humano pela iniciativa privada, proibidos na Constituição Cidadã, aprovada em 1988 (Radis 250). “Isso é inacreditável. Alguém está querendo levar vantagem com isso, então, é muito importante se posicionar. Saúde não é mercadoria”.
“O SUS que queremos e pelo qual estamos aqui lutando é um SUS que contemple todo o povo brasileiro, de A a Z.”
O delegado novato não precisa de muito tempo para perceber as muitas contendas que estão em jogo na arena em que ele acaba de ingressar. Sabe que participação sem oposição soa falso. “Aqui, são muitas cabeças, ideias e culturas. Discordar faz parte, afinal, democracia é isso”, aponta. Mas guarda uma certeza inabalável: “O SUS que queremos e pelo qual estamos aqui lutando é um SUS que contemple todo o povo brasileiro, de A a Z”.
Naquela tarde, em uma das salas, um grupo pediu a supressão total de diretrizes sobre racismo, sob a alegação de que essa era “uma pauta sem relação com o SUS”. Zé Neguinho discorda. “A pauta da igualdade racial tem tudo a ver com o SUS. Metade da população brasileira é negra e são esses os que mais precisam de um sistema de saúde público que funcione bem”, argumenta. “Além disso, esse é um tema transversal”.
O resultado da Conferência, ele reconhece, não vai satisfazer a todos. “Mas, se a gente aprovar uma pauta que contemple o maior número de pessoas no país, já valeu a pena estar aqui”, diz, prometendo usar de todos os argumentos para fazer aprovar suas propostas. “Eu trago aqui as minhas demandas, vejo as propostas dos outros e, ao fim, vamos aprovar uma”.
No ritmo do samba
“Não deixe o povo morrer / Não deixe o SUS acabar / O SUS é direito do povo / E a saúde é nosso bem-estar.”
“Não deixe o povo morrer / Não deixe o SUS acabar / O SUS é direito do povo / E a saúde é nosso bem-estar”. No intervalo das atividades, Zé Neguinho puxa o samba, bem no meio do estúdio de mídias digitais armado na 17ª. Não demora muito para todos no recinto entoarem o refrão. Ao sotaque paulistano, junta-se o da mineira Alessandra Cardoso, que vinha com a delegação de Jenipapo de Minas, pequeno município com menos de 8 mil habitantes, e logo improvisa um rap.
O samba proposto por Zé Neguinho em homenagem ao SUS nasceu ali mesmo, em plena Conferência. “Estava aqui tirando umas notas no meu banjo, apareceu um camarada que filmou e enviou para outro amigo nosso lá da Bahia”, conta. “Assim, surgiu a canção que a gente vai tocar por aí”. Dentro de alguns instantes, ele vai se apresentar na tenda localizada na área externa do evento, por onde passaram centenas de manifestações de arte, educação e cultura popular.
Para Zé Neguinho, a mistura de pensamentos, raças e credos diferentes que se encontram em um espaço como aquele é a parte mais bonita do processo de participação popular que ele agora conhece de perto. Ele deixa a conferência nacional com a convicção de que aprendeu muito e a sensação de dever cumprido. Mas promete acompanhar de perto os desdobramentos das discussões que irão nortear as decisões do governo federal para a Saúde nos próximos anos.
O sambista e agora militante da participação popular é ainda um bem-sucedido técnico em edificações que, nos últimos anos, também entrou para a universidade. Zé Neguinho está cursando o último semestre de Engenharia Civil, na faculdade Anhanguera. Quer construir um país mais bonito e saudável para deixar para os pequenos Eloá, Heloísa, Luana e Lourenço — seus netos, que têm entre 2 e 16 anos e que ele quer ver crescer. De preferência, tocando banjo. “Graças ao SUS!”
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