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Há muito Radis chama a atenção para os problemas causados pelas mudanças climáticas e suas repercussões na saúde e na vida comunitária. Muita ou pouca chuva gera não só prejuízos físicos e patrimoniais, mas faz emergir novas doenças e espalhar outras. Em dezembro de 2013, uma reportagem chamava a atenção sobre desastres naturais e mostrou que períodos de seca, inundações e enxurradas haviam se multiplicado entre 1990 e 2010, afetando cerca de 90 milhões de pessoas no país. 

Na época, os cientistas já previam que os efeitos da mudança climática aconteceriam em 30 anos. Antes disso, o colapso climático ocorrido no Rio Grande do Sul, em abril e maio de 2024, evidenciou que a mudança no clima chegou antes do previsto. Na linha do tempo até 2022, são 214 milhões de pessoas afetadas por desastres climatológicos, meteorológicos e hidrológicos que afetam sobretudo as populações vulnerabilizadas, segundo dados do Atlas de Desastres do Brasil.Confira algumas coberturas de Radis sobre o tema das mudanças climáticas e questões de saúde e ambiente relacionadas.

“O negacionismo climático ameaça a vida”

Radis 259, abril 2024

Em entrevista exclusiva, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fez um balanço do primeiro ano à frente da pasta. Marina viu a crise climática assumir contornos assustadores em um cenário cada vez mais próximo de se tornar irreversível, com o mundo enfrentando ondas de calor intenso, secas extremas e a eclosão de novas pandemias, exatamente como denunciavam os pioneiros da luta ambiental — ela entre eles. Nessa entrevista, a ministra falou sobre a importância do envolvimento de diferentes setores e atores da sociedade na luta pela preservação ambiental, lembrando do protagonismo histórico de movimentos sociais e da população indígena.

Efeito desigual

Radis 257, fevereiro de 2024

As populações vulnerabilizadas e marginalizadas são as que mais sofrem as consequências da emergência climática. Especialistas apontam que a desigualdade está na raiz da crise e é necessário fazer uma transição energética que promova a justiça climática. Nesta reportagem de Radis, eles defendem que a agroecologia e as comunidades energéticas dão respostas concretas para o enfrentamento às mudanças climáticas e que as pessoas que estão nos territórios devem participar do debate sobre a agenda climática.

Um cigano na COP

Radis 256, janeiro de 2024

O cigano Aluízio de Azevedo participou da 28ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), a COP 28, em Dubai, em 2023. Em texto colaborativo para Radis, ele defende que é preciso reconhecer a contribuição dos povos e comunidades tradicionais para a conservação do planeta. Eles reflete sobre o papel dos povos ciganos e seus três troncos étnicos Romani (os Calon, os Rom e os Sinti) no desenvolvimento econômico, histórico, cultural e social do país e para a conservação da natureza.

Alerta Vermelho

Radis 255, dezembro de 2023

2023 será lembrado como o ano mais quente da história. Desde janeiro, a temperatura média do planeta é a mais quente já registrada para os primeiros 10 meses do ano, segundo dados do observatório climático da União Europeia Copernicus. O recorde de calor foi batido mês a mês e confirmou: o que os cientistas há muito previram passou a fazer parte do cotidiano. A mudança do clima provoca o avanço do mar e põe cidades costeiras em risco e aumenta também as queimadas. São inúmeros os problemas de saúde trazidos por esses fenômenos climáticos extremos, afetando sobretudo idosos, crianças e populações vulnerabilizadas.

“Ultrapassamos o limite”

Radis 253, abril 2023

O planeta atingiu o limite e há menos tempo para ações de transição a fim de promover mudanças. Nesse cenário de emergência climática, o pesquisador Carlos Machado Freitas, coordenador do Centro de Estudos para Emergências e Desastres em Saúde (Cepedes), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), sinalizou à Radis que o atual momento já é considerado como uma emergência em saúde pública. “Ela é fruto de um conjunto de processos que representa uma mudança no quadro de mortalidade e morbidade e que exige ações imediatas”, disse.

Nosso planeta, nossa saúde

Radis 235 e 237, abril e junho de 2022

Novas doenças infecciosas, surtos de doenças negligenciadas, aumento de condições degenerativas e de transtornos mentais, associados a crises ecológicas e humanitárias, caracterizam o cenário mundial, sem perspectivas de melhoria no futuro próximo. Nunca houve tanta clareza sobre a necessidade de enfrentarmos a crise climática e ecológica como condição imprescindível para a preservação da saúde humana e animal, como mostra artigo assinado por Rosana Onocko, Luis Eugenio de Souza e Paulo Buss. Em outro artigo, Marcio Pochmann avalia que, decorridas três décadas de iniciativas em prol do desenvolvimento sustentável, os resultados alcançados estavam muito longe das metas originalmente estabelecidas.

Os caminhos da transição ecológica

Radis 237, junho de 2022

Primeiro passo é mapear os riscos

Radis 135, dezembro 2013

Deslizamentos são apenas um exemplo de desastres naturais que acometem os municípios brasileiros e que demandam preparo para evitar ou minimizar consequências. Para a saúde humana, essas consequências se dão tanto em curto, quanto em médio e longo prazos. Consequências de secas, enchentes, desmoronamentos e outros fenômenos podem ser minimizadas ou eliminadas com uma cultura de cuidado e prevenção. 

Agroecologia para salvar o planeta

Numa série de matérias, Radis mostrou que a agroecologia é uma alternativa viável para enfrentar as mudanças climáticas e garantir comida saudável para toda a população. Em outra reportagem, povos tradicionais reforçam que a agroecologia produz alimentos saudáveis, autonomia e mais saúde. Uma entrevista mostra que o veneno está à mesa e, em uma ampla matéria sobre agrotóxicos, é possível perceber como opera o modelo de produção predatório e explorador que está impactando na alteração do clima. Ainda, é apresentada uma associação de produtores de Pernambuco que mostra a força da comunidade e de parcerias na construção de outro modelo agrícola mais respeitoso com o planeta.


Radis 256, janeiro de 2024

Agroecologia para cuidar do planeta


Quem planta saúde

Radis 243, dezembro de 2022

Terra envenenada


Entrevista: O veneno está na mesa


Território saudável

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