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A data da primeira morte pela covid-19 no Brasil, em 12 de março de 2020, marca o início da maior tragédia sanitária enfrentada pelo país. Por isso, foi escolhida, a partir de 2023, como um símbolo para homenagear a memória das mais de 700 mil vidas perdidas pelo coronavírus.

O Dia Nacional em Memória às Vítimas da Covid-19 é também um momento de reflexão sobre a necessidade de lembrar para não esquecer. Não esquecer dos que se foram, de suas famílias, dos que ficaram com sequelas, dos órfãos e da luta contra o negacionismo durante a pandemia.

Radis esteve na trincheira da ciência e acompanhou esse período com uma cobertura variada. Trouxe as vozes de pesquisadores, ativistas, profissionais de saúde, lideranças comunitárias e pessoas que viveram os impactos da pandemia em diferentes escalas, como você pode ler nas matérias a seguir.

Emergência Internacional

Radis 210, fevereiro de 2020

Como o SUS se prepara para enfrentar epidemias como a do novo coronavírus. — Capa: .

Quando a covid-19 ainda parecia distante da maioria dos brasileiros, Radis lançou a primeira reportagem de capa sobre o assunto na edição 210, em fevereiro de 2020. A reportagem mostrava como o novo coronavírus (Sars-CoV-2) surgiu na cidade de Wuhan, na China, e rapidamente se tornou uma preocupação global, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarando a covid-19 como uma emergência de saúde pública de importância internacional. A matéria explicava ainda as diferenças entre termos como epidemia, pandemia, emergência sanitária, endemia e surto epidêmico.

Acesse: https://radis.ensp.fiocruz.br/todas-edicoes/radis-210/


Pessoas em situação de vulnerabilidade

Radis 212, maio de 2020

Moradias precárias, desrespeito a direitos básicos e ausência de proteção social: medidas contra a covid-19 esbarram em realidades marcadas pela desigualdade

As medidas de prevenção à covid-19 logo esbarraram em realidades marcadas pela desigualdade, como moradias precárias, desrespeito aos direitos básicos e ausência de proteção social. O alerta de “Fique em casa” não valia para quem não tinha casa, como as pessoas em situação de rua, ou os indígenas, que vivem em aldeias e necessitam de outras medidas de proteção. Com uma foto marcante do fotógrafo Peter Ilicciev na capa, que mostrava numa mesma cena uma pessoa se exercitando e outra fazendo faxina, a edição 212 é considerada um divisor de águas na cobertura de Radis sobre a pandemia: a partir dali, sabíamos que iríamos contar o que estava acontecendo pela perspectiva das pessoas, principalmente aquelas que mais sofrem com as desigualdades.

Acesse: https://radis.ensp.fiocruz.br/todas-edicoes/radis-212/


Trabalhadores na linha de frente

Radis 213, junho de 2020

Na linha de frente no combate à covid-19, profissionais de saúde revelam rotinas em que enfrentam incertezas, solidão, riscos e trabalho exaustivo

Na linha de frente do enfrentamento à covid-19, trabalhadores e trabalhadoras do SUS revelavam rotinas de incerteza, solidão, riscos e trabalho exaustivo. A reportagem de capa de junho de 2020 trouxe as histórias de profissionais da saúde que arriscaram as vidas para garantir o cuidado de quem estava hospitalizado com covid-19.

Acesse: https://radis.ensp.fiocruz.br/todas-edicoes/radis-213/


Sobrevivência e luto

Radis 214, julho de 2020

O impacto nas famílias atingidas pela covid-19. — Capa: Ilustração digital de Felipe Plauska

A dor da gente, muitas vezes, não é possível de ser traduzida em palavras. Mas essa foi a tentativa da reportagem de capa de julho de 2020, ao trazer histórias de famílias que foram impactadas pela morte de pessoas queridas pela covid-19. Além de partilharem relatos sobre as angústias do luto, os depoimentos também falavam de sobrevivência e superação.

Veja também: https://radis.ensp.fiocruz.br/reportagem/covid-19/luto-e-sobrevivencia/


A corrida pela vacina

Radis 216, setembro de 2020

O longo caminho da ciência para a vacina contra a covid-19 chegar até você

Se hoje a vacina contra a covid-19 é uma realidade, em 2020 ela era uma expectativa envolta em ansiedade. A pesquisa de um novo imunizante envolve diferentes etapas de teste, que ocorrem primeiro em laboratório, com animais e células in vitro, até chegar na pesquisa clínica, com seres humanos. O desenvolvimento das vacinas da covid-19 atualmente disponíveis ocorreu em tempo recorde, ao mesmo tempo em que respeitou o rigor científico e a complexidade dos processos de pesquisa e fabricação. A reportagem de capa da Radis 216 mostrou todo esse percurso para se chegar a uma vacina acessível à população.

Acesse: https://radis.ensp.fiocruz.br/todas-edicoes/radis-216/


Vacina é a única solução

Radis 221, fevereiro de 2021

Em entrevista à Radis, Margareth Dalcomo, pneumologista da Fiocruz, fala sobre a cheagda da vacina e os desafios da pandemia no país

Na pandemia, a médica pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fiocruz, tornou-se um dos rostos mais frequentes na mídia como uma das porta-vozes da ciência, em um esforço incansável para levar orientações e informações confiáveis para a população. Com décadas de experiência na saúde pública, a médica nunca teve dúvidas em afirmar que “a vacina é a única e perfeita solução de controle de uma epidemia do porte da covid-19”. A entrevista foi publicada na edição de fevereiro de 2021, quando o Brasil iniciava a distribuição das primeiras doses da vacina.

Veja também: https://radis.ensp.fiocruz.br/entrevista/vacina-e-a-unica-solucao/

Amazônia sem respirar

Radis 221, fevereiro de 2021

Na pandemia, a médica pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fiocruz, tornou-se um dos rostos mais frequentes na mídia como uma das porta-vozes da ciência, em um esforço incansável para levar orientações e informações confiáveis para a população. Com décadas de experiência na saúde pública, a médica nunca teve dúvidas em afirmar que “a vacina é a única e perfeita solução de controle de uma epidemia do porte da covid-19”. A entrevista foi publicada na edição de fevereiro de 2021, quando o Brasil iniciava a distribuição das primeiras doses da vacina.

Veja também: https://radis.ensp.fiocruz.br/entrevista/vacina-e-a-unica-solucao/


Negacionismo em alta

Como o negacionismo atrapalha a busca da humanidade por saúde e conhecimento

Negar a ciência também pode matar. Radis mostrou como a desinformação e a postura anticiência confundem pessoas e prejudicam a busca por conhecimento. A reportagem de capa de abril de 2021 trouxe o relato de cientistas que enfrentavam dificuldades para levar adiante suas pesquisas em um contexto de expansão do negacionismo. O incentivo ao chamado tratamento precoce, com o “kit covid”, era adotado até mesmo por órgãos públicos, ainda que não houvesse nenhuma comprovação científica de sua eficácia.


Vidas perdidas

Radis 226, julho de 2021

Com mais de meio milhão de mortes pela covid-19, Brasil poderia ter evitado ao menos 400 mil delas, aponta pesquisa

O Brasil contabilizava mais 500 mil pessoas mortas e a pandemia não dava sinais de trégua. Naquele momento, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 avançava no Senado Federal. Estudos mostraram que a maior parte das mortes por covid no país poderia ter sido evitada se o Brasil tivesse adotado medidas de prevenção. Os cálculos mostraram que, se o país estivesse na média da mortalidade mundial, teriam sido poupadas 400 mil vidas até aquele momento.

Acesse: https://radis.ensp.fiocruz.br/todas-edicoes/radis-226/


“Renunciar à ciência é renunciar à sobrevivência”

Radis 228, setembro de 2021

Na linha de frente dos dados da pandemia, Miguel Nicolelis enfatiza que ainda não é hora de relaxar os cuidados com a covid-19

Desde o início da pandemia, o neurocientista Miguel Nicolelis esteve na linha de frente da produção de dados. Enquanto parecia que o período mais difícil tinha sido superado, ele voltou a enfatizar que ainda não era hora de relaxar os cuidados com a covid-19. Nesta entrevista, ele sintetizou algumas das falhas no controle do vírus, como a inexistência de um plano de comunicação e outro de imunização, a falta de insumos para vacinas e a negligência dos políticos brasileiros com a ciência durante a pandemia.


Vacinas salvam vidas

Radis 233, fevereiro de 2022

Em meio ao avanço da variante ômicron, o infectologista Julio Croda analisa o futuro da pandemia e destaca a importância da vacina para prevenir casos graves e mortes

Com a explosão de casos da variante ômicron em janeiro de 2022, mortes e internações não acompanharam proporcionalmente o número de infecções. Na linha de frente do combate à covid-19 desde a primeira hora, o infectologista da Fiocruz, Julio Croda, foi um dos cientistas brasileiros com maior projeção nesse cenário. Nesta entrevista à Radis, ele não tem dúvidas em apontar o papel essencial da vacinação na prevenção de mortes e internações decorrentes da doença.


Correspondências de um tempo difícil

Radis 234, março de 2022

Uma retrospectiva dos dois anos de covid-19 em correspondências escritas por brasileiros e brasileiras

Ao completar dois anos de pandemia, Radis convidou diferentes pessoas para escrever cartas a um mundo em transição. Há sempre algo a ser dito. Destas correspondências, somos todos destinatários. Além das cartas, foram também resgatadas matérias e capas produzidas sobre a pandemia de covid-19 até então.


Seria o fim da pandemia?

Radis 236, maio de 2022

Mesmo com o relaxamento das medidas de proteção, cientistas apontam que a pandemia ainda não chegou ao fim

Na noite de 17 de abril de 2022, o então ministro da saúde, Marcelo Queiroga, declarou o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) vinculada à covid-19. A medida significava que, dentro do território nacional, não haveria mais emergência sanitária decorrente da infecção pelo novo coronavírus. Nesse momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda mantinha o alerta de pandemia para a covid-19 e pesquisadores e gestores locais discordaram da medida adotada pelo Ministério da Saúde.


O que vem depois?

Radis 239, agosto de 2022

O que a ciência já sabe (e ainda falta saber) sobre as complicações que se prolongam em pacientes que tiveram infecção pelo coronavírus

Enquanto a maioria das pessoas que foram infectadas pelo coronavírus se recuperavam completamente, outra parte continuava a sofrer com efeitos de longo prazo em vários órgãos — pulmão, coração, sistema nervoso. Em meio à pandemia, os cientistas e profissionais de saúde se deparavam com mais um desafio: o de lidar com complicações que se prolongavam em pacientes que tiveram infecção pelo coronavírus. Nesta reportagem, Radis abordou o que a ciência já sabia — e o que ainda faltava saber sobre a covid longa.


Narradores da pandemia

Radis 248, maio de 2023

Como uma bactéria inserida no Aedes aegypti se transformou em um poderoso aliado no combate a arboviroses. — Capa: foto de Flavio Carvalho.

Cinco comunicadores populares narram a pandemia de covid-19 a partir de suas vivências e experiências. Durante três meses, entre setembro e novembro de 2022, eles participaram de um ciclo de debates e oficinas com representantes de movimentos sociais e especialistas das áreas de saúde e comunicação e produziram uma série de reportagens que foram publicadas no site do Observatório de Favelas e de Radis. Veja as reportagens clicando no link abaixo.


Crime e reparação

Radis 249, junho de 2023

A luta das famílias que perderam pessoas queridas na pandemia para que as mortes não sejam esquecidas e os culpados não fiquem impunes. — Capa: Equipe Radis.

Saudade, dor, revolta, aceitação e luto permanente são sentimentos que surgem de entrevistas feitas por Radis com familiares de vítimas da covid-19. São mães, filhos, pais, irmãos, esposas e maridos que partiram e que estão entre as mais de 700 mil vidas perdidas na pandemia. Nesta matéria, Radis mostra a trajetória da covid-19 no país e sinaliza que a luta, no Brasil, não foi apenas contra o vírus. 

A dor dos que ficaram

Radis 249, junho de 2023

Em três anos, mais de 700 mil pessoas morreram de covid-19 no Brasil. Mais que números, foram mães, pais, filhos, amigos e amores que tiveram suas vidas interrompidas. Radis conversou com seis familiares de vítimas e suas histórias de vida compõem um mosaico de dor, saudade e revolta. Os que ficaram sabem que os mortos não serão substituídos e lutam pela responsabilização dos agentes públicos, por justiça e por reparação, para que essa tragédia nunca mais se repita. Veja os depoimentos clicando nesse link.


Em nome das vítimas

Radis 254, novembro de 2023

Na linha de tiro - Como operações policiais em favelas afetam a saúde dos moradores e comprometem o funcionamento do SUS

Muito antes de o Ministério da Saúde anunciar a criação de um Memorial da Covid-19, em março de 2024, movimentos de parentes de vítimas da doença buscavam resgatar vivências e histórias por meio de testemunhos dos que ficaram. As vítimas são lembradas em lugares de memória erguidos em todo o país. Esses espaços que articulam áreas além da Saúde, levam ao reconhecimento do trauma provocado por uma catástrofe sanitária, servem como instrumentos para uma cultura de paz e respeito e atuam como locais de prevenção para evitar práticas semelhantes no futuro.

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